Inteligência emocional significa reconhecer os nossos próprios sentimentos e compreender os sentimentos dos outros. Significa também que podemos distinguir e identificar vários estados emocionais. Uma pessoa consciente dos seus sentimentos será capaz de descrever como se sente, o que está a causar esses sentimentos e, finalmente, será capaz de regular e avaliar os seus estados emocionais. Pessoas com inteligência emocional bem desenvolvida utilizam a informação sobre os seus sentimentos para as ajudar no seu pensamento e comportamento. Portanto, uma pessoa que possa identificar e regular os seus sentimentos será capaz de focalizar construtivamente os seus pensamentos e ações. Estas competências são fundamentais para o bem-estar emocional e o sucesso na vida.
Características de uma pessoa com inteligência emocional bem desenvolvida
As pessoas com inteligência emocional bem desenvolvida são sociáveis e querem conhecer novas pessoas; são bons líderes porque podem ouvir e também suportar críticas construtivas; são respeitosas, e têm princípios nas suas relações com os colegas de trabalho. Eles detetam rapidamente o estado de espírito dos outros e julgam melhor o carácter das outras pessoas. Também conhecem os seus pontos fortes e fracos. Eles sabem quando estão feridos numa relação e porquê. Eles sabem como dizer não. Eles são claros na sua comunicação e entendem-se com a maioria das pessoas. Para eles, a moralidade e a ética são sempre importantes.
Dimensões no processo de aprendizagem da inteligência emocional
Há quatro dimensões principais da "mente emocional" que são essenciais para a aprendizagem da inteligência emocional. Existem duas capacidades pessoais: Autoconhecimento e Autogestão e duas aptidões sociais: Consciência social e Gestão de Relacionamento.
Fonte: (http://www.teleosleaders.com/howwedoit/emotional.php)
Cada uma destas dimensões engloba inúmeras competências, habilidades, qualidades e virtudes que uma pessoa pode desenvolver na vida profissional ou familiar.
Auto consciencialização. No contexto da compreensão da inteligência emocional, trata-se da capacidade de estar em sintonia com os próprios sentimentos. Uma pessoa que está em contacto com as suas emoções compreende e sabe como interpretar os seus próprios sentimentos e como utilizá-los nas relações. Ligada à consciência emocional está também a consciência contextual (situacional) que será mais tarde descrita em termos mais gerais.
Autogestão. Trata-se da capacidade de regular as próprias emoções, impulsos e comportamentos. Uma pessoa é capaz de controlar e agir de uma forma profissional e calma, mesmo em situações stressantes. Um indivíduo que consegue gerir o seu próprio comportamento está mais concentrado na tarefa em mãos do que em trivialidades. As capacidades dentro desta categoria são a orientação para a realização, a adaptabilidade, uma perspetiva positiva e o autocontrolo emocional.
Sensibilização social. A capacidade de sentir, ler, compreender e avaliar as emoções de outras pessoas e o seu impacto sobre uma determinada situação. Uma pessoa com uma consciência social desenvolvida tem capacidades tais como empatia, compreensão da dinâmica das relações interpessoais, e consciência organizacional.
Gestão das relações. Esta última dimensão inclui várias competências e capacidades que uma pessoa tem de dominar se pretender ser um gestor de relações eficiente. A pessoa tem de saber como gerir, influenciar e aceitar os sentimentos das outras pessoas. Tem de ser um excelente mediador de conflitos. Com estas competências, uma pessoa pode trabalhar como líder inspirador, coach, mentor e ser um gestor bem-sucedido de um grupo ou organização.
Estratégias para a construção da eficácia emocional e social
Competência 1: Valorização de si próprio
Auto fala (diálogo consigo mesmo) saudável
Competência 2: Valorizar os outros
Reconhecer os outros
Aumentar a consciência da diversidade nas outras pessoas
Competência 3: Sensibilização reativa/responsável
Observar e praticar a empatia
Competência 4: Coragem
Competência 5: Sucesso autêntico
Ligar valores e expectativas
Sem esta consciência, as nossas emoções ditarão as nossas ações e no meio de uma crise, nós (ou voluntários, auxiliares,...) precisamos de utilizar a parte do cérebro que permite o pensamento racional, não a parte do cérebro onde as emoções são experienciadas. A prática de estarmos calmos e no controlo, e estar conscientes das nossas reações a situações desafiantes é crucial em qualquer situação difícil, especialmente nos tempos de crise, quando é importante enfrentar com sucesso outras experiências de vida. Para que os indivíduos se capacitem a si próprios e aos outros que encontram nas suas atividades, a competência da inteligência emocional é fundamental.
A razão pela qual a inteligência emocional é tão importante quando se lida com situações difíceis é que uma pessoa emocionalmente inteligente responderá à adversidade de uma forma calma e ponderada. A pessoa emocionalmente inteligente é melhor a gerir as emoções - tanto as suas próprias como as dos outros - durante os momentos de stress ou pressão.
Este projecto foi financiado com o apoio da Comissão Europeia. Esta publicação reflete apenas a opinião do autor, e a Comissão não pode ser responsabilizada por qualquer uso que possa ser feito da informação nela contida.
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